Aquele dia de Sexta-feira tinha entrado na sua recta final.
Eu, pensava no teu corpo tentador.
Pensava na tua beleza, e no teu olhar sedutor.
Pensava, como seria bom logo mais depois de um jantar fazermos amor.
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Assim!
Não hesitei. Para ti liguei, e para um jantar a dois te convidei.
No restaurante, por ti esperei!
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Esperei, esperei, mas tu não apareceste.
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Jantei só, e com a alma amargurada.
A noite correu veloz e quando regressei a casa para tentar dormir era já alta madrugada.
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Toda aquela noite foi cheia de pesadelos.
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O vento estava muito forte, e os seus assustadores assobios, acordavam-me constantemente.
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Sim!
Aquela era uma noite em que eu muito te queria.
Não te tendo, por toda ela eu entre trevas me debatia.
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Mas finalmente... Um novo dia chegou e tudo acalmou.
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Os últimos sopros de vento tinham por completo varrido as nuvens, deixando o céu limpo e o ar quente e imóvel.
E foi sobre os primeiros raios de sol dessa linda manhã de sábado que eu comecei o meu passeio matinal.
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Do meu penoso e frequentemente interrompido sono não ficara mais do que um ligeiro atordoamento, que o ar quente da manhã e o meu passo ligeiro depressa dissipou.
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Claro que tinha decidido aprisionar o meu desejo por ti.
Fazer com que ele ficasse definitivamente adormecido e mudo dentro de mim.
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Estava decidido.
A minha nova vida sem ti iria ser como aquela linda e inspiradora manhã.
Límpida, agradável e pura.
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Mas seria eu na verdade capaz de viver longe de ti.
Seria capaz de aguentar não ter a meu lado a tua exuberante beleza que tanto me inspirava e tentava?
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Este pensamento foi interrompido pela visão do rio.
Parei,
Observei,
Escutei e reparei… que ele (o rio), continuava a correr como dantes, sem novidades nem mudanças, correndo veloz para atingir o seu objectivo… A sua foz.
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Percebi então!
Que tu és o meu rio.
A minha foz.
O meu único objectivo para qual devo também, correr veloz.
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Assim! Te digo minha querida…
Que a partir de hoje!
Todas as outras mulheres me vão parecer impiedosamente normais:
Nem bonitas, nem feias, nem interessantes, nem insignificantes.
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Meu Amor!
Por ser verdade…
Te digo que tu, e só tu, és o meu projecto de amor e felicidade.
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