Vai longe o tempo em que eu lhe murmurava ao ouvido, palavras doces e frases persuasivas, com a intenção clara de a aturdir…
Tudo para que ela não percebesse que as minhas mãos a estavam a despir.
Tinha a certeza que uma vez nua, ela seria para mim a mais bela das mulheres.
Todo o meu corpo esperava esse delicioso momento…
E cada novo minuto de espera era para mim um verdadeiro tormento.
Inquieto…
Sentia o corpo fremir de impaciência e de desejo reprimido e até aí proibido.
Mas naquela dia…
Nada me impediu de a amar, com mestria e precisão, com fúria e paixão.
Por isso…
Comecei por delicadamente a beijar, por docemente a morder.
Por nos meus braços a apertar…
Até quase a sufocar.
Naquele quartinho escuro, enterrados debaixo de uns lençóis frios, olhamos a cama vazia e silenciosa, beijámos-nos de novo e possuímos-nos numa luta de emoção e prazer.
Saciados os nossos desejos ficamos ali estendidos lado a lado, elanguescidos e extenuados.
O sentimento de fraqueza, inveja e ciúme que me apertava o coração, dissipou-se e eu de novo a beijei, a abracei e na mesma cama a amei.
Dormitamos docemente, até sermos acordados por um raio de luar que iluminava a cama e também os nossos corpos nela estendidos e pelo cansaço de uma luta de amor...
Vencidos.
s@si